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Dossiê

Suicídio nas redes em 2018

Capítulo 0

O aumento da conscientização sobre suicídio na internet brasileira

O suicídio é um grave problema em todo o mundo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que mais de 800 mil pessoas tiram a própria vida anualmente. Já no Brasil esse número seria de 11 mil, de acordo com o Ministério da Saúde.

Pensando nisso, o CQM mergulhou no tema do suicídio na internet pela segunda vez, em 2018, e encontrou um cenário muito mais positivo do que o visto em 2017, quando boa parte das pessoas e da mídia preferiam ignorar o problema.

Sinal de que esse tabu está finalmente sendo superado?

“A gente quer muito que as pessoas percebam que é necessário falar sobre suicídio”

Conversamos com Karen Scavacini, psicóloga e coordenadora do Instituto Vita Alere de Prevenção e Posvenção do Suicídio, e que também participou da elaboração do nosso primeiro Dossiê, sobre o aumento do debate com relação ao suicídio.

“O assunto não morreu”

“A gente tem percebido uma conscientização maior das pessoas”

“Prevenir o suicídio pode estar na mão de qualquer um”

Não é possível prever, mas dá pra prevenir

Acabar de vez com o tabu, debatendo abertamente a questão, é o melhor caminho para conter o crescimento nas taxas de suicídio. Como os resultados deste estudo comprovam, a partir de uma discussão ampla e aberta, as informações úteis sobre o tema são mais difundidas, o que gera mais conscientização e leva a melhores práticas para a prevenção do suicídio.

Além disso, é necessário sempre estar atento aos sinais e oferecer ajuda, sem julgamentos, ao perceber os primeiros sinais. Como destaca a psicóloga Karen Scavacini:

“As pessoas precisam continuar falando, porque é através dessa conversa aberta que a gente pode, sim, diminuir os suicídios. Prevenir o suicídio pode estar na mão de qualquer um, não precisa ser especialista para fazer isso.”

Para procurar ajuda

O primeiro, e mais importante passo, é não ter medo de se abrir, e procurar ajuda. Sempre buscar o apoio de pessoas mais próximas e de confiança. Além disso, depressão, ansiedade e outros distúrbios têm tratamento. Por isso, é muito importante procurar ajuda profissional.

Quem não tem condições de pagar por um tratamento pode procurar os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), que são instituições públicas destinadas a oferecer, de maneira totalmente gratuita, ajuda no campo psicológico.

Por fim, pode-se também entrar em contato com o Centro de Valorização da Vida (CVV). A organização presta serviço voluntário e gratuito de apoio emocional e prevenção do suicídio para todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo. Em 2018, a ligação para o CVV se tornou gratuita para todo o Brasil. Então, basta ligar no 188 ou acessar o site www.cvv.org.br.

E, para aquelas pessoas que perderam alguém para o suicídio e precisam de apoio, uma opção é o Instituto Vita Alere de Prevenção e Posvenção do Suicídio, que trabalha com a questão da prevenção e da posvenção do suicídio, com grupos de apoio e acompanhamento para parentes e amigos de pessoas que realizaram o ato.

Metodologia

Ambiente de análise: foram analisadas as redes Facebook, Twitter e Instagram, além de páginas de blogs e comentários de sites da internet.
Tema pesquisado: monitoramento realizado a partir de termos relacionados a suicídio, postados de maneira espontânea nas redes, dentro do período de análise.
Métricas selecionadas: número de menções, mapa de calor e nuvens dos termos mais citados em cada universo de busca.
Taxonomia e categorização: positivos e negativos; assuntos (Baleia Azul, 13 Reasons Why, depressão, intolerância, informações úteis e outros); e tipos (notícias, opiniões, relatos, depoimentos, citações e piadas).
Dados:​ primários e secundários.
Período analisado: 4 de maio a 30 de junho de 2018.
Total captado: 538.204 menções.
Monitoramento realizado via plataforma Torabit, com o método de amostragem aleatória simples, com margem de erro de 2,33%.

Créditos

Coordenação-geral: Bia Pereira
Supervisão: Ana Cristina Gonçalves, Karla Mendes e Paula Santamaria
Projeto gráfico: Henrique Castro
Redatores: Lucas Quinelato, Marcelo Nascimento e Rodrigo Camargo
Planejamento: Bia Pereira e Rodrigo Camargo
Atendimento: Joana Araújo
Monitoramento: Lucas Quinelato, Marcelo Nascimento e Rodrigo Camargo
Análise: Lucas Quinelato, Marcelo Nascimento e Rodrigo Camargo
Entrevista: Marcelo Nascimento
Filmagem: Luciano Camara e Thais Castrioto
Edição: Marcio L. Filho
Produção digital: João Paulo Oliveira
Revisão: Ricardo Milesi
Agradecimentos: Karen Scavacini
Realização: nova/sb
Apoio: Instituto Vita Alere de Prevenção e Posvenção do Suicídio